No mês de dezembro de 2016, fui convidado para ser um dos early adopters da Mutual.Life. Eu já conhecia bem a trajetória empreendedora do Fabrício Vargas e do Jó Beduschi, e ao conhecer e entender a proposta do projeto, fiquei encantado. O que mais me chamou atenção foi o desafio que eles estavam dispostos a enfrentar: algoritmos complexos, machine learning, blockchain, aplicativos, mutualismo, seguro e um mercado gigantesco conhecido pelo seu modus operandi extremamente consolidado e fechado.
Óbvio que eu queria fazer parte daquilo. Não pensei duas vezes e entrei na primeira PoC que foi baseada em um grupo de proteção para smartphones. Nesse momento, toda tecnologia estava baseada em um formulário no SurveyMonkey, uma planilha no Excel e um grupo de WhatsApp. Foi fácil perceber que a validação começou do jeito certo 'como manda a cartilha'.
Nos meses seguintes, pude acompanhar e participar das discussões sobre o produto, caminhos, etc., até que tive a honra de ser convidado para compor o time. E foi a partir de julho de 2017 que assumi oficialmente a responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento da Mutual.Life. Meu foco é pensar em produto, crescimento e retenção da base de usuários. A experiência tem sido incrível. Cada um de nós tem experiências diferentes que se completam de forma improvável.

A cultura, o 'como avançar' e o propósito da Mutual.Life estão muito claros. Consideramos essencial a dedicação simultânea da qualidade do produto e de percepção do público para com a Mutual.Life. Sabemos que até atingirmos o Product Market Fit, temos que trabalhar de forma estratégica na construção de autoridade e valor da marca, potencializando nosso alcance orgânico e nossas ações futuras de go-to-market.
“Until you build great products, almost nothing else matters. Raising money, getting more press, hiring, business development, etc, are significantly easier when you have a great product. Step one is to build something that users love. At YC, we tell founders to work on their product, talk to user, exercise, eat and sleep, and very little else. All the other stuff I mentioned, PR conferences, recruiting advisers, doing partnerships, you should ignore all of that and just build a product, and get it as good as possible by talking to your users. Build something that a small number of users love. It is much easier to expand from something that small number of people love, to something that a lot of people love, then from something that a lot of people like to a lot of people love. And that it’s so much easier to expand, once you’ve got something that some people love, you can expand that into something that a lot of other people love. So the advice is: find a small group of users, and make them love what you’re doing.” - Sam Altman, YC
Independentemente da discussão de Product Market Fit x Market Product Fit, dados os desafios que temos a frente, acreditamos na importância de desenvolver um excelente produto e só depois trabalhar na identificação de oportunidades e desenvolvimento de soluções para o crescimento (e retenção) da base de usuários. Com um excelente produto, a escala acontece e se sustenta.
Produtos disruptivos tem a capacidade transformar mercados. Por outro lado, é notório que muitas iniciativas morrem antes mesmo de serem reconhecidas. Isso acontece porque, além do desenvolvimento do produto que deve minimamente melhorar processos ou a vida das pessoas, produtos disruptivos esbarram em timing de mercado, ceticismo por parte de stakeholders, questões regulatórias, dentre outros desafios. Sabemos disso.
Por isso, estamos desenvolvendo a Mutual.Life com bastante prudência, testando hipóteses a todo momento e sempre “ideando” em um processo de cocriação com nossos early adopters. É claro, sem perder de vista o atual momento das Insurtechs. Como já prevíamos, esse momento se aproximou rapidamente e chegou a hora de avançarmos mais rápido, motivo pelo qual estamos acelerando o desenvolvimento da nossa plataforma para testarmos novas PoC’s de grupos de proteção.
Já dizia o ditado: Go Big or Go Home!
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