De acordo com o último relatório da Swiss Re, uma das maiores e mais respeitadas resseguradoras do mundo, os prêmios de seguro globais aumentaram 1,5% em termos reais, para quase US$ 5 trilhões em 2017, após um aumento de 2,2% em 2016. Portanto, o mercado de seguros é o maior mercado do mundo. Estima-se que o tamanho desse segmento já tenha chegado a US$ 7 trilhões em 2018, impulsionado pelo forte crescimento na China.
As economias emergentes devem responder por 40% do volume global de prêmios no final da próxima década. Dez anos atrás, a proporção não chegava a 10%.A previsão é da seguradora alemã Allianz, que publicou um estudo sobre o mercado segurador global em que também vaticina que a América Latina será a segunda região com mais forte crescimento, perdendo apenas para a China. A Allianz estima que o setor de seguros latino-americano crescerá uma média anual de 9,9% entre 2018 e 2020.
Conforme o último relatório da ICMIF, sigla em inglês para Federação Internacional de Seguros Mútuos e Cooperativos, representante mundial do setor de seguros mútuos e cooperativos, até o ano de 2016 o esse mercado representava 26,8% do mercado global de seguros, com US$ 1,3 trilhão em receita de prêmios. Se essa representação não mudar, e tudo aponta parta um crescimento do setor, o mercado de seguros mútuos e cooperativos representará quase US$ 2 trilhões em 2018:

Em 2016, o setor representou quase 27% do mercado total de seguros, comparado a 24% em 2012. A distribuição regional é a seguinte: América do Norte 37%; Europa 31%, Ásia e Oceania 15%, América Latina 12%, África 3%.
Comentando os resultados da pesquisa, Shaun Tarbuck, diretor executivo da ICMIF, disse que “as seguradoras mútuas e cooperativas continuaram a expandir seu alcance global, demonstrado pelo crescimento no número total de segurados atendidos e pessoas empregadas em todo o mundo. As mútuas e cooperativas continuaram a mostrar sua relevância em nível regional, detendo uma participação importante nos mercados europeu e norte-americano e uma influência crescente nos mercados da África e da América Latina”.
Ok, mas o que isso tem a ver com a Mutual.Life? Tudo. Somos uma empresa com potencial internacional e nossa proposta visa resolver um problema comum nos países de terceiro mundo, e não precisamos ir muito longe, comecemos pela América Latina. De acordo com a ICMIF, a América Latina representa 12% do mercado global de seguros mútuos e cooperativos e tem demonstrando constante crescimento. Infelizmente, a representação do Brasil nesse montante ainda é pequena em função da regulação protecionista, que deve mudar drasticamente em 2019, com a votação do Projeto de Lei 3139/2015 na Câmara dos Deputados, uma proposta de regulamentação das mútuas. Há que se observar que em países como Argentina, Uruguai e Paraguai as mútuas são regulamentadas desde os anos de 1970, ou seja, a maior economia da América Latina tem quase 40 anos de atraso em relação aos países vizinhos. Além disso, a SUSEP sinaliza a implementação de um “sandbox regulatório” (permissão provisória para testes e validações pelas insurtechs).
Partilhamos da opinião de Luis Gutiérrez, presidente do Grupo BB e Mapfre nas áreas de Auto, Seguros Gerais e Affinities, que disse que “o ano de 2017 foi um período desafiador para o setor, impulsionando os players a trazerem novos formatos para adequar produtos e processos ao novo momento que o cliente vive e que, para 2018, acredita que a reinvenção e a criatividade, com foco na jornada do cliente, seguirá sendo o direcionamento de todo o mercado. Neste contexto, a transformação digital é e continuará sendo item fundamental”.
Conclusão: 2018 foi um ano histórico para as insurtechs, com o surgimento de diversas iniciativas e marcos regulatórios aprovados em âmbito mundial e, nesse sentido, tudo indica que 2019 será o ano do Brasil e da América Latina. O forte crescimento esperado para a economia brasileira, somado a flexibilização da regulação farão do ano de 2019 um ano peculiar para o maior mercado de seguros da América Latina. Para a Mutual.Life, a “tempestade perfeita”, será o ano em que lançaremos nossa plataforma. Nossa base, o Brasil, será um terreno fértil e um excelente trampolim para outros mercados emergentes.
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